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GLOBAL RIGHTS REALIZA OFICINA PARA ORGANIZAÇÕES DA AMNB

Termina hoje em Campinas (SP) a 2ª Oficina “Incrementar a Participação de Organizações Afrodescendentes no Sistema das Nações Unidas”, realizada pela Global Rights, em parceria com a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB). A primeira aconteceu semana passada em Recife (PE). As oficinas contaram com um total 40 representantes e foram oferecidas, prioritariamente, […]

Termina hoje em Campinas (SP) a 2ª Oficina “Incrementar a Participação de Organizações Afrodescendentes no Sistema das Nações Unidas”, realizada pela Global Rights, em parceria com a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB). A primeira aconteceu semana passada em Recife (PE). As oficinas contaram com um total 40 representantes e foram oferecidas, prioritariamente, às organizações que compõem a AMNB localizadas nas regiões Norte e Nordeste (reunidas em Recife) e Sul, Sudeste e Centro-oeste (em Campinas). Em entrevista exclusiva a este site, o diretor do Programa para América Latina da Global Rights, Carlos Quesada, que ministrou as oficinas, falou sobre a importância estratégica do conhecimento do sistema da ONU para as organizações de mulheres negras.

1) Qual o objetivo principal desta Oficina?

O objetivo é o de incrementar o conhecimento das organizações, membros da AMNB, sobre o sistema das Nações Unidas, especialmente sobre o Comitê que monitora a Convenção Internacional Contra Todas as Formas de Discriminação Racial, conhecido como Comitê CERD (sigla em inglês) e sobre o Comitê que monitora a Convenção Internacional contra Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, conhecido como Comitê CEDAW (sigla em inglês).

2) Na sua opinião, qual a importância para as Organizações de Mulheres Negras Brasileiras conhecerem o sistema da ONU?

É fundamental para o trabalho de incidência internacional e também é fundamental que tenham maior conhecimento sobre o sistema da ONU para defender os direitos das mulheres negras, pois isso também permite maior efetividade no trabalho de incidência. Além disso, tem o impacto a nível nacional. Se as organizações passarem a conhecer bem o sistema, poderão utilizar essas informações. E informação é poder.

3) Como tem sido a experiência dessas organizações com o sistema ONU até aqui? Como a Oficina poderá melhorar esse relacionamento?

A participação da Simone (da Associação Cultural de Mulheres Negras e secretaria executiva da AMNB) e Maria das Dores (do Instituto de Mulheres Negras do Amapá e membro da AMNB) em fevereiro, em Genebra, foi fundamental porque elas observaram como funciona o Sistema ONU na prática e que precisamos de mais mulheres participando desses espaços.

4) Qual foi a metodologia e conteúdos aplicados na Oficina?

Partimos do princípio de que as pessoas conhecem as convenções internacionais. Começamos então explicando como trabalham os Comitês CERD e CEDAW. Em seguida, as participantes trabalham em grupos para conhecer as recomendações da CEDAW e refletir como podem implementar essas recomendações em seus estados por meio da incidência política.

5) Qual a principal mensagem deixada para as organizações de mulheres negras que participaram da Oficina?

Nós, que combatemos a discriminação racial, não podemos nos dar o luxo de desconhecermos os tratados e convenções. Nós temos que ser especialistas nos temas da discriminação. Esperamos que as participantes tenham se familiarizado sobre o Sistema das Nações Unidas e reconhecido a importância de buscar informações constantemente.

Fonte: http://www.amnb.org.br/site/index.

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