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Mãe e filha são mortas a facadas em Maragogipe (BA); Suspeito foi preso, mas não teve o nome revelado pela polícia

O homem preso pela polícia era companheiro de uma das vítimas e foi encontrado em um imóvel abandonado localizado na mesma comunidade onde o crime aconteceu

Redação Odara

Uma mulher identificada como Mônica de Jesus Ribeiro, 40 anos, e sua filha Vanessa Mônica Ribeiro de Jesus, 17 anos, foram mortas a facadas no distrito de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe (BA). Mônica morreu ainda no local do crime, já Vanessa chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

O crime aconteceu no sábado (13) e o suspeito do duplo feminicídio, que era companheiro do Mônica, foi encontrado pela polícia na última terça-feira (16), em um imóvel abandonado próximo ao local do crime.

Segundo informações do iBahia, o homem prestou depoimento na Delegacia Territorial de Maragogipe, onde confessou o crime e afirmou que agiu por ciúmes. Ele mantinha um relacionamento de 11 meses com Mônica e acreditava estar sendo traído. Vanessa teria tentado impedir o ataque à sua mãe e também foi atingida. 

Ainda segundo o iBahia, o suspeito passou por exames para identificar lesões corporais e está aguardando a transferência para o sistema prisional. O crime segue sendo investigado pela Polícia Civil.

Assim como em inúmeros casos suspeitos de feminicídio que têm acontecido na Bahia durante os últimos meses, a polícia, mais uma vez, preservou o nome do acusado. O mesmo aconteceu com o caso de Beatriz de Jesus Loula, 22 anos, assassinada a facadas pelo ex namorado na frente do próprio filho de 7 anos, na cidade de Uibaí (BA), no dia 10 de julho. No mesmo dia, no bairro Alto do Cabrito, Subúrbio Ferroviário de Salvador (BA), Jéssica Ribeiro Reis, de 28 anos, foi esfaqueada pelo próprio marido, também na frente do filho de apenas 3 anos. O assassino foi identificado apenas como Moisés. Em ambos os casos, os homens fugiram do local do crime.

Infelizmente, os crimes de feminicídio estampados nos jornais baianos recentemente não se tratam de casos isolados. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, de janeiro a maio de 2022, 32 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado, ou seja, 1 vítima a cada 4 dias. O cenário é ainda mais assustador e perigoso quando se trata de mulheres negras: o Atlas da Violência 2020 aponta que mulheres negras têm três vezes mais chances de serem mortas na Bahia: em 2019, 92% das mulheres vítimas de homicídio eram negras. 

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