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Coluna Beatriz Nascimento #10 – 3ª Temporada: Luciane Scoto

Este texto é um relato da minha experiência no Curso de Ativismo e  Formação Política para Mulheres Negras, da Escola Beatriz Nascimento, do  Instituto Odara. De antemão, alerto às leitoras, que as palavras aqui deitadas  dão forma a uma colcha-relato. Uma colcha de retalhos, aos quais pouco se 

escolhe cor ou tamanho, mas que constroem o patchwork da vida. Indiferente às  convenções literárias, permitirei que os retalhos se encontrem, que se  alinhavem. Deixarei que camadas se construam, e que, se porventura, houver  hiatos, que não carreguem culpa. O esquecimento é um patuá que nos faz seguir  adiante, e as lacunas podem ser fechadas pelas lembranças das irmãs que se  encontrarem neste texto. Mais que uma memória individual, são traços de uma  memória coletiva. Não estou a contar uma história pronta, ela se faz enquanto  escrevo. 

“Conheço gente que daria o rim por um  

retrato de família. 

Memória é para poucos! 

Para nós, 

coragem para imprimir tantas fotos. 

Registrar tudo isso 

nunca foi uma prioridade! 

Somos os Silvas, 

os Borges, 

os Oliveiras, 

os Santos de Deus. 

Somos os renegados desta terra…[…]” 

(GANDALECI, 2021, p.42) 

Confira essa edição do Opinião Odara completo clicando aqui.

*Luciane Scoto é mulher preta, gaúcha, graduada em Biblioteconomia pela UFRGS, mestre em Administração pela UNIFACS. Amante dos livros, da literatura negra e dos museus. Servidora pública na Agência Nacional de Mineração.

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