Lembrando Lélia Gonzalez
A antropóloga e militante negra faleceu há 20 anos, no dia 10 de julho de 1994
Filha de um ferroviário negro e de uma empregada doméstica indígena, Lélia Gonzalez nasceu em Belo Horizonte-MG, em 1º de fevereiro de 1935. Autora de artigos, ensaios e livros sobre a temática racial, a antropóloga e militante do movimento negro nos anos 1970, Lélia foi também um expoente no combate ao preconceito contra a mulher.
Sua obra acadêmica e seu trabalho como militante contribuíram pra impulsionar não apenas o debate sobre a problemática racial no Brasil, mas também os seus desdobramentos a partir, basicamente, de dois temas correlatos: o tema da ideologia do branqueamento e seus efeitos e o da dupla exposição da mulher negra, discriminada pelo racismo e pelo sexismo.
A antropóloga fez parte do grupo de fundadores do Movimento Negro Unificado – MNU, principal canal de ressurgimento da luta pela igualdade racial, nos anos 70. Incansável na luta contra o racismo e a discriminação racial, foi também uma militante da causa feminina, particularmente da mulher negra. Sua importância para o movimento negro brasileiro tem sido comparada à de Ângela Davis, grande ícone do movimento negro americano.
Lélia faleceu há 20 anos, no dia 10 de julho de 1994.
Fonte: Fundação Cultural Palmares
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