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Instituto Odara realiza roda de conversa virtual sobre letalidade policial

A atividade é promovida através do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar e terá transmissão ao vivo no YouTube

Redação Odara

Na próxima quinta-feira (31), às 19h, estaremos realizando através do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar a roda de conversa virtual “Letalidade Policial: até quando o Estado vai ficar impune?”.

Segundo o Atlas da Violência 2020, a taxa de homicídio de pessoas negras aumentou em 11,5% entre os anos de 2008 e 2018. No mesmo período, o número de assassinatos de pessoas não negras apresentou uma queda de 12,9%. A taxa de assassinato de mulheres negras também revelou alta, chegando a 12,4%, enquanto entre mulheres não negras houve queda de 11,7% na mesma década.

Segundo o 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2020, a letalidade policial no Brasil atingiu o número recorde de 6.416 ocorrências, 78,9% das vítimas eram pessoas negras. No mesmo ano, 1.137 pessoas foram mortas pela polícia na Bahia. Todas as vítímas eram homens negros.

Recentemente, na madrugada do dia 1º de março, perdemos Alexandre dos Santos, Cleverson Guimarães Cruz e Patrick Souza Sapucaia, assassinados de forma covarde em mais uma ação da Polícia Militar, na Comunidade da Gamboa de Baixo, na capital baiana.

Moradores contam que a polícia já chegou disparando tiros e bombas de gás de forma indiscriminada, e só parou depois que moradores de prédios das redondezas começaram a se manifestar. “Parecia uma guerra… A gente queria sair, mas tinha medo”, contou Ana Cristina da Silva Caminha, moradora e presidente da Associação Amigos de Gegê dos Moradores da Gamboa.

O comandante-geral da PM-Ba, coronel Paulo Coutinho, se referiu às mortes como “efeitos colaterais” da operação. O governador Rui Costa (PT-Ba), que em outra ocasião disparou que policiais, ao ceifar vidas negras, são como artilheiros de frente para o gol, dessa vez preferiu o silêncio e a omissão.

Não podemos nos calar diante do genocídio em curso no nosso país. Não suportamos mais ver tantos jovens negros assassinados pelo Estado a troco de nada, e tantas mães e famílias negras chorarem pela partida precoce de seus filhos e filhas. 

O Estado precisa ser responsabilizado!

Para discutir o assunto e pensar em estratégias de enfrentamento a essa realidade, a live contará com a facilitação de Gabriela Ramos, advogada, Mestre em Direito e técnica do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar e as participações de:

– Naiara Leite, Coordenadora Executiva do Odara – Instituto da Mulher Negra.

– Hildete Emanuele, especialista em adolescências e juventudes no mundo contemporâneo e Coordenadora do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar.

– Dudu Ribeiro, especialista em gestão estratégica de políticas públicas, co-fundador e Coordenador Executivo da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas.

– Silvana dos Santos, mãe de jovem vítima do Estado e membra do Grupo de Mulheres da Gamboa de Baixo.

– Ana Caminha, integrante da Articulação do Centro Antigo de Salvador e presidente da Associação e Amigos de Gegê dos Moradores da Gamboa de Baixo.

– Elizângela Gomes, mobilizadora do Coletivo Cabuleiras, integrante da Associação Artístico-Cultural Odeart e do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar.

– Grupo de Mulheres do Alto das Pombas (Grumap).

A live será transmitida no canal do Instituto Odara no Youtube.

O Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar é um projeto organizado pelo Odara, em parceria com o Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA) e o Odeart, e há 7 anos atua no fortalecimento e promoção da organização política de mulheres mães e familiares de vítimas do Estado.

Serviço

O quê? Roda de conversa virtual “Letalidade Policial: até quando o Estado vai ficar impune?”

Quando? 31 de março, às 19h

Onde?  Canal do Instituto Odara no Youtube.

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