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“Se a gente não tem mulheres, nem mulheres negras nesses espaços, a democracia está ameaçada”, afirma Marta Rodrigues

Vereadora de Salvador comenta o cenário local de participação política

Por Nádia Conceição

Mulher negra, mãe e feminista, é assim que a vereadora da cidade de Salvador, Marta Rodrigues se identifica. Ao longo de sua trajetória, ela busca interagir com as lutas e pautas que representam seu povo e acredita que os desafios são grandes, mas, quando se trata das lutas, sobretudo as pautas ligadas às mulheres e mulheres negras, o importante é dialogar.

Marta nasceu no município de Juazeiro (Ba), há 505 km da capital baiana.  Formou-se em Letras pela Universidade Católica do Salvador, e se especializou em Direitos Humanos.

Ela já foi presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Salvador, e atualmente participa também da direção estadual do partido. Ela acredita que o diálogo é o caminho e que a luta coletiva é a saída para melhorar a realidade do povo soteropolitano. No caso das mulheres, a vereadora defende que é preciso que alcancem espaços de poder, espaços que são pressionados e possibilitados a partir das ações dos movimentos sociais.

Eleita vereadora de Salvador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pela primeira vez em 2016, com 6.646 votos, Marta seguiu na reeleição em 2020 e retornou à Casa para novo mandato. Na Câmara Municipal, entre suas prioridades, estão a representação dos direitos da população negra e pobre da cidade, direito das mulheres e o combate a todas as formas de preconceito. Confira um pouco mais sobre essa incrível trajetória dentro da política. 

“Tudo isso é para dizer para a gente: olha esse lugar não é de vocês, esse espaço aqui não é uma boa representação para vocês. É para ver se a gente desiste. E o que é que a gente tem que fazer é superar essas barreiras, que a gente vivencia no dia a dia”.

A vereadora já dirigiu o PT de Salvador e atua como uma voz potente na oposição no legislativo soteropolitano. / Foto: Arquivo pessoal

Quando foi o seu o despertar para uma candidatura ou para cargos de poder?

Foi aqui em Salvador, já nessa militância, por meio do trabalho com o SINTTEL, o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações. Em idas e vindas em diversos bairros da cidade, a gente encontra majoritariamente as mulheres, mulheres negras e chefas de família, o que nos dá essa dimensão da luta e da falta de tudo: escola, posto de saúde que não funciona nem área de lazer para crianças. No SINTTEL eu despertei e percebi que a gente tem que dar passos mais largos, foi aí que eu me filiei ao PT [Partido dos Trabalhadores]. Filiando ao partido, a gente tem essa outra dimensão da política partidária e, mesmo a gente construindo toda esta caminhada de organização de pautas em movimentos sociais e sindicais, outras pautas só podem ser alcançadas via parlamento, porque é por lá que passam as peças orçamentárias e era onde a gente precisava colocar todos os nossos debates, dentro de uma possibilidade maior que pudesse sair do papel e se tornasse realidade. 

Eu sabia que a gente precisava ir para outros caminhos, aumentar os passos, foi aí que as companheiras disseram que iam lançar o meu nome, foi quando saí candidata pela primeira vez, não me elegi, mas tive até uma votação boa, passamos dos três mil votos. Na eleição seguinte criou esse sentimento dentro das mulheres, de todas as correntes do PT, de voltarmos com mais força, mais organização, mais pé no chão e com firmeza para darmos conta desse debate. E nós conseguimos voltar à Câmara, nos elegemos. Não foi uma trajetória fácil, como não é para ninguém, principalmente quando se é mulher e negra, as dificuldades são muitas, tanto para a gente construir fora como também para a gente construir por dentro do partido. Isso porque a gente sabe como funciona, pois tem as listas de prioridades e os nossos partidos de esquerda também tem o machismo e quando se tem que escolher entre uma mulher e um homem, sabemos para onde a caneta aponta. Mas isso não nos desestimula, de maneira nenhuma. 

Qual é a principal característica do seu mandato?

Nós estabelecemos um marco entre nós: construir algo diferenciado. Nós constituímos um Pensar Salvador, começando com algumas pautas da educação, uma pauta minha, pois venho dessa área, depois saúde e mais para frente surgiram outros temas. Em Sussuarana e na Mata Escura, por exemplo, implantamos projetos de hortas comunitárias. Com as hortas, as mulheres plantam para vender, ganhar o dinheiro e também para o sustento, que beneficiava mulheres e mulheres negras de família, o que acabou discutindo a cidade dentro de uma panorama bem amplo, englobando também a questão da população em situação de rua, a questão do meio ambiente e pautas relacionadas à comunidade LGBTQIA+ e da violência contra a mulher.

Em seu terceiro mandato pelo PT na Câmara dos Vereadores, Marta Rodrigues tem atuado em comissões importantes dentro da casa. / Foto: Arquivo pessoal

Quais são as suas referências no campo da política, em relação a mulheres negras? 

A gente compreende que a participação política das mulheres negras nos espaços de poder, em espaços institucionais, não é fácil, mas possuímos grande capacidade de transformar esse cenário em que nós estamos vivendo: a discriminação estrutural que a gente enfrenta no dia a dia. Temos a Luiza Bairros, foi uma grande mulher que, dentro dessa estrutura perversa, atuou como secretária e ministra. Mulheres que a história vem tentando apagar, invisibilizar, mas quando a gente busca, encontra mulheres como a Antonieta de Barros, que foi uma educadora, jornalista negra, primeira mulher eleita para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A Theodosina Ribeiro, primeira deputada negra da Assembleia Legislativa de São Paulo e também a Benedita da Silva, eleita governadora no Rio de Janeiro. 

Lélia González, que também foi muito firme na defesa dos seus e das suas, no combate aos padrões de desigualdade econômica, social e cultural. E a gente vê o resultado dessa exclusão sistemática, que impede que as mulheres negras cheguem aos espaços de poder no legislativo, no executivo e também no judiciário. 

O que a senhora entende sobre a violência política?

Quando a gente está na tribuna falando e o vereador tenta interromper ou fica do nosso lado, impondo para ver se a gente perde o raciocínio, isso é violência. A violência também está presente nas comissões. Eu participo de três, mas a de orçamento e de finanças é a que tem mais isso, porque sou a única mulher e de oposição, o resto tudo é da bancada do governo, homens brancos. Sendo assim, quando eu peço vista de projeto e levo meu voto separado, quando eu termino de ler, eles falam que o voto foi bem feito, consciente. Aí eu já perguntei a eles: se fosse homem ninguém aqui comentaria isso, é porque eu sou mulher negra? Aí eles ficam dizendo que tudo eu vejo machismo e racismo. Mas é isso: o que você fez aqui é machismo e racismo também, porque com os homens não aconteceria isso, o que também é uma violência de gênero, que é a ausência de mulheres negras nesse espaço da política. 

Esses comportamentos são para nos dizer: olha, esse lugar não é de vocês, esse espaço aqui não é uma boa representação para vocês. É para ver se a gente desiste. A gente está vendo alguns avanços, a eleição de 2020 eu coloco como um marco, pois todos esses que tinham seus cargos que estavam se mantendo ali, com seus privilégios de homens brancos sabem que agora o espaço é nosso também, mesmo não tendo um número expressivo.

Marielle também sofreu violência como nós, constantes ameaças até chegar a aquele momento do seu extermínio tão grave. Isso também eles já vão dando os sinais para ver se a gente recua e deixa de ser candidata. Olha o exemplo aqui na Bahia, a gente está vivendo diversos casos, como o da prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga. Pois é a primeira mulher negra eleita prefeita do município, que sofreu ameaças de morte e teve dois assessores assassinados. A gente sofre violência também nas redes.  

“Pessoas do movimento popular acreditam que não têm engajamento, mas falo para elas que têm um movimento importante, o feminismo popular lá no bairro. Você consegue falar para aquelas mulheres da realidade, da situação, essa é a luta feminista, que você está fazendo, então precisa trazer para dentro do partido”. 

Dois mil e vinte foi campeão em violência nas redes, uma eleição atípica?

Nas redes sociais é que a gente vem recebendo violências, que são também formas de intimidar a gente, tentar calar nossa boca. A gente percebe dentro do próprio espaço da Câmara, do vereador que está ali do seu lado tentando te intimidar para que você não faça as denúncias. Mas aqueles que estão ali dentro da Câmara também representam esses segmentos que estão lá fora, então não é uma mera coincidência. Essas estruturas, que discriminam e tentam nos afastar do debate, nós levamos para esses espaços, o da igualdade. Porque quanto mais vozes estiverem ali ecoando, nós vamos conseguir fazer esse enfrentamento dentro dessa estrutura racista e machista, que tentam manter os seus espaços de privilégios.

Marta relata o desrespeitos dos colegas às mulheres vereadoras / Foto: Arquivo pessoal

Qual a sua percepção sobre segurança na política?

A gente teve um relativo aumento dos casos de violência, sobretudo contra mulheres e negras dentro da política. Existe a violência eleitoral, onde o processo eleitoral é construído e realizado e existe depois, quando a mulher consegue o cargo, se elege e passa a viver essa violência política. E as violências vêm aumentando, porque antes também tinham poucas de nós nesses espaços, ainda não tínhamos conseguido dar essa visibilidade, sendo que marcos regulatórios importantíssimos acentuaram esse cenário: como a Marcha das Mulheres Negras em Brasília; a criação de uma secretaria de mulheres, com status de ministério; e ainda o marco dos Estatutos da Promoção da Igualdade Racial e do Combate à Intolerância Religiosa.

Ainda dentro dessa temática, a senhora acredita que essas violências põem em risco a democracia e o exercício político de vereadoras negras? 

Se a gente não tem mulheres, nem mulheres negras nesses espaços, a democracia está ameaçada. Porque nós queremos, cada vez mais, a nossa luta por igualdade, no mundo do trabalho, na política, onde quer que seja. Esse é o debate que nós precisamos firmar e ecoar ainda mais as nossas vozes, porque no Brasil, apesar de 27% da população feminina se declarar negra, as mulheres negras representam 2% no Congresso Nacional e menos de 1% na Câmara dos Deputados, são dados da última pesquisa do PNAD. Em 2016, os dados divulgados pelo TSE, o Tribunal Superior Eleitoral, mostrou que o número de mulheres eleitas, tanto para vereadoras, quanto para prefeitas, não chegou a 5%. Em 2020 foi o ano eleitoral que mais teve mulheres negras concorrendo e homens negros também. 

Você acredita que as mulheres negras que se colocam na disputa política eleitoral estão em risco no Brasil?

Estão em risco porque é de uma crueldade muito grande. Não era para a gente estar passando por isso no século em que nós estamos, por situações de violência e de risco. Quanto mais esses espaços vão sendo ocupados por outros, que não defendem a gente, mas seus interesses, assim como na Câmara Federal, onde tem a bancada do BBB, da bíblia, da bala e do boi, e também do agronegócio, eles não vão confiar em nós, nem nós queremos pacto com eles. 

A violência sai da vida cotidiana e vai para os espaços políticos, dessa forma, teria um mecanismo eficaz para mudar este cenário?

Nós, mulheres negras, que já estamos envolvidas na política, temos que cobrar dos nossos partidos, pois nós precisamos assumir os espaços: a mesa diretora, presidir as comissões importantes para fazermos essa diferença, porque esses espaços possuem também a capacidade de transformar esse cenário de discriminação estrutural que nós estamos enfrentando. Combater os padrões de desigualdade de acesso às instituições públicas, na realidade das suas funções econômicas, sociais e culturais, resultado também dessa exclusão sistemática. 

Uma vereadora na câmara de uma cidade, uma deputada, na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa precisa pensar e buscar a relevância dessa luta, a nível local, e nacional para fortalecer a democracia. A participação nesses espaços é nossa, das mulheres negras, para a garantia de direitos e pressupõe o fortalecimento dessas instituições públicas. Eu tenho defendido a atuação em conjunto e tenho colocado que é urgente a gente pautar a união das mulheres negras no Brasil inteiro. Temos que criar redes, criar passaportes para transformar todas essas realidades que a gente está vivendo. Não é só ficar no debate, no espaço Legislativo, mas buscar também as mulheres que estão nos sindicatos, nas centrais sindicais, nas associações de moradores, porque todas elas também sofrem violências.

A gente vê muitas reclamações com relação aos partidos, sobretudo porque eles não estão nessa luta das mulheres. E no caso do PT, ele tem feito ações ou políticas que possibilitem às mulheres negras se fortaleçam dentro do partido?

No nosso caso, do PT, já há muito esse debate. Na década de 80, quando teve o nosso primeiro congresso, a gente não discutia cotas de mulheres para compor a direção, naquela época não tinha nem esse debate. O Tribunal Superior Eleitoral, depois de muita luta, aprovou, mas as pessoas enxergam como algo que vai ocupar o espaço, seja no PT ou em qualquer partido de esquerda, mas aqui eu vou falar do meu [partido], as pessoas sabem que vão ter que abrir mão de alguma coisa, porque quando a gente fala em abrir mão de privilégio de espaços, não é todo mundo que quer. 

No quarto congresso extraordinário nós aprovamos a paridade de 50%, mas a gente já vinha trabalhando no PT em Salvador, que eu presidi por três mandatos, nós já tínhamos mulheres negras na sua maioria na direção. Quando a gente estava fazendo a nossa construção, a nossa disputa interna, a gente chamava as companheiras e dizia: vai lá para a sua força política e brigue, pois é você que tem que vir para a direção, pois se você não convencer lá, eles vão mandar um homem, se vier um homem branco, você tem que está lá para disputar, para ser você a indicada.

Pessoas do movimento popular acreditam que não têm engajamento, mas falo para elas que têm um movimento importante, o feminismo popular lá no bairro, onde elas conseguem falar para aquelas mulheres da realidade, da situação, essa é a luta feminista, que você está fazendo, então precisa trazer para dentro do partido. Mas ainda temos muita resistência, principalmente no momento de eleição, porque a gente sabe que o espaço de TV é um momento importante. 

Vereadora discursa no Plenário. / Foto: Arquivo pessoal

A senhora acredita que a política de cotas de gênero e de raça tem promovido mais justiça dentro dos espaços políticos?

A política de cotas é importante, porque é uma luta também nossa, que nós lutamos para garantir. Essa política também nos deu a possibilidade de romper a desigualdade, então, temos que manter, pois ela está atendendo e dando conta deste momento em que nós estamos vivendo. Ela é importante, mas agora nós estamos precisando avançar para que tenham mais mulheres eleitas dentro daquela proporção, porque senão a desigualdade vai avançar. 

Não temos representação na Câmara Federal e é por lá que passa o debate e a formulação da lei. Também não tem essa discussão no município ou no estado, então, acho que nós ainda não conseguimos dar conta dessa dimensão de ter igualdade. É a equação que a gente precisa resolver, por isso que a eleição de 2022 é importante, pois se a gente consegue eleger mais mulheres negras e homens negros, pode ser que consigamos ter uma aliança maior e poder alterar a legislação, aperfeiçoar para darmos conta dessa desigualdade e desse distanciamento que tem ainda.

O debate nesse momento também deve ser feito com relação ao orçamento, um debate que a gente precisa fazer com o partido, pois a lei já foi aprovada, já está lá, já começou a vigorar em 2020. 

A gente vive um momento de criminalização da política, sendo assim, gostaria de saber de você, mulher negra, com experiência na política, se a participação de mulheres negras e não negras contribui para a qualificação do debate político? 

A gente consegue levar um debate qualificado, já trazendo também toda essa construção histórica de mudar também essa realidade perversa. Nós sabemos de onde é que vem, quem detém esses recursos econômicos e de onde vem as exclusões, que é uma relação de dentro desse contexto social, e de valores, que buscamos muito e sabemos que para a gente é caro. As mulheres têm feito um papel importante porque quando a gente percebe que tentam nos colocar no dia a dia nessa roda perversa, nós também vamos levar isso para a justiça, para o Ministério Público. Fazem de tudo para tentar nos calar, nos ameaçam para impedir que a gente chegue até lá, na representação, tentam nos criminalizar.

Tenho visto uma atuação importante das mulheres negras, de forma muito coesa e de turma. Vamos buscar quem é que a gente tem aqui, vamos extrapolar, nem só quem está aqui dentro do parlamento, vamos chamar as outras que estão também em espaços de poder, que para a gente também é importante, até porque nós viemos dos movimentos e foram os movimentos que nos forjaram. Então, quando eles nos criminalizam, é a mesma coisa quando criminaliza o movimento sindical, o movimento popular. Assim como querem criminalizar a todo momento os nossos povos originários, o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra]. Eles fazem lá [na Câmara Municipal] cotidianamente, tentam afastar e calar a nossa boca, mas a gente tem conseguido dar passos largos. Sendo assim, eu acho que isso tem garantido nossa presença de uma forma segura e bem firme.

Vereadora discursa no Plenário. / Foto: Arquivo pessoal

O que você pode nos falar como incentivo?

A gente tem que desconstruir o discurso que tenta a todo momento colocar que mulher não vota em mulher. Isso é mentira. Mulher vota em mulher sim, vota e faz campanha e vai para cima e constrói também toda uma narrativa para empoderar as outras. Os jovens que têm uma potência muito grande, como a gente tem visto aparecer em diversas áreas: cultural, ambiental, de educação, todas essas áreas que nós compreendemos como estratégicas e importantes. Mas esses espaços também são espaços que nós precisamos disputar para ganhar e chegar lá e fazer a diferença e enfrentar essa realidade perversa. Este ano nós vamos ter eleição que vai definir presidente, senador, deputado federal e no estado nós vamos ter eleição para governador ou governadora e também para deputadas e deputados, um espaço que nós precisamos cada vez mais está ocupando, pois se a gente não ocupar esses espaços, sabe quem vai ocupar? Os homens brancos, que não vão querer fazer esse debate, pelo contrário, vão querer fazer a manutenção de seus privilégios. Então nós precisamos a todo momento chegar e fazer a diferença, assim como fizemos em 2020, que tivemos um número expressivo de mulheres que se candidataram, muitas não se elegeram, mas nós incomodamos!

Cabe a gente também pautar os nossos partidos, aproveitar esse momento que nós estamos vivendo, cada vez mais candidaturas coletivas, diversas experiências que a gente tem. Então, cada uma de vocês, que tem um potencial gigante e que também está para nos ajudar e chegar nesses espaços, pois, daqui a pouco a gente tem  que recuar e vão chegando outras para dar conta da missão de mudar a cara, a realidade e incomodar, pois não viemos aqui de brincadeira. 

Nós [mulheres] somos diversas, mas temos essa diversidade como qualidade, militamos em diversas áreas, então é importante a gente fazer essa juntada nossa e disputar esses espaços para cada vez mais avançarmos  em condições de igualdade. Então, esse momento em que nós estamos vivendo, de criminalização da política, de violência de gênero – que nós estamos passando, também na política, nos impulsione para que ocupemos esses espaços cada vez mais.

Mulheres, pautem seus partidos para garantir que a gente tenha espaços na TV, no rádio e que a gente consiga fazer uma campanha, onde possamos avançar também tendo estrutura para concorrer em condições de igualdade. Então esse espaço também é nosso e nós precisamos cada vez mais ocupar.

As mulheres negras estão cada vez mais ocupando lugares de destaque na política nacional. / Foto: Arquivo pessoal

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