Mães de crianças e jovens negres vítimas do Estado realizam ato público para pedir justiça e reparação

A manifestação acontece às vésperas do Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio

Redação Odara

O Odara – Instituto da Mulher Negra, através do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar, realiza o ato público “Mães até o fim! Em memória das filhas e filhos vítimas de extermínio”. A manifestação acontece na próxima sexta-feira, dia 12 de maio, às 15h, em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, em Salvador (BA).

O ato surge a partir das inquietações de mães de vítimas do Estado que integram o Minha Mãe Não Dorme. Com uma data estratégica, próxima ao Dia das Mães, comemorado no dia 14 de maio, elas estarão na rua para chamar atenção para as suas lutas e pedir justiça e reparação pelas mortes das suas filhas e filhos.

“O dia das mães é um dia alegre, que as mães passam com seus filhos e ganham presentes. Mas e as mães que tiveram seus filhos arrancados delas?”, questiona Nadijane Macedo, articuladora do Minha Mãe Não Dorme e mãe de Alexandre Macedo Fraga, morto pela Polícia Militar, aos 17 anos, em janeiro de 2008. “Vamos externar nossa dor e indignação e clamar por justiça”, explica ela.

Gabriela Ramos, coordenadora do projeto Minha Mãe Não Dorme, destaca que a organização política dessas mães é importante para demonstrar que a violência do Estado não é algo pontual ou aleatório. “Essas crianças e jovens morreram por causa de uma condição existencial que é ser negro”, afirma. Para ela, é simbólico também que fazer um ato em frente ao Fórum Ruy Barbosa é importante para demarcar o processo de revitimização dessas mães que, além de perderem seus filhos, sofrem com a falta de celeridade do sistema judiciário no que diz respeito ao julgamento dos casos.

Serviço

O quê: Mães até o fim! Ato público em memória das filhas e filhos vítimas de extermínio

Quando: 12 de maio, às 15h

Onde: Na frente do Fórum Ruy Barbosa, Nazaré, Salvador (BA).

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