Projeto Ayomide Odara abre inscrições para nova turma

Estão abertas as inscrições para mais um ciclo formativo do projeto Ayomide Odara, do Odara – Instituto da Mulher Negra. São 50 vagas, destinadas para meninas, adolescentes e jovens negras, de 8 a 13 anos, residentes no estado da Bahia. As inscrições podem ser realizadas entre os dias 15 a 19 de março de 2024, de forma virtual clicando aqui.

O projeto Ayomide Odara foi iniciado em 2021, com o objetivo de promover formações sobre cidadania, raça, gênero e acesso à educação. Inicialmente foi realizado de forma virtual, entretanto, nos anos seguintes seguiu em formato híbrido, contando com a participação de meninas e jovens de Salvador, Região Metropolitana, Cachoeira e também do território da Chapada Diamantina. Em três anos de atuação, foram realizadas 8 turmas por onde passaram cerca de 200 meninas e adolescentes. 

A coordenadora do Ayomide Odara, Érika Francisca, enfatiza a importância de ampliar debates sobre questões fundamentais para as jovens negras. “A gente percebe a necessidade de chegar perto de mais meninas com temáticas que são muito caras para o Movimento de Mulheres Negras. São temas que na maioria das vezes, na escola formal, o corpo docente não tem a disponibilidade e capacidade de refletir com elas”, afirma. 

Em 2024, as formações terão como foco os Eixos de Educação e Relações Étnico-Raciais, visando a aplicabilidade da Lei 10.639/03, Incidência Política no Plano Nacional de Educação – PNE (2024-2034), Comunicação, Educomunicação e Saúde, Justiça Reprodutiva, Direitos Sexuais e Reprodutivos para meninas e adolescentes negras. Os encontros acontecerão em formato híbrido, sendo um encontro presencial mensal.

Dai Costa, coordenadora pedagógica do Ayomide Odara, fala sobre a expectativa em iniciar novas turmas. “É uma alegria imensa poder ampliar nossa atuação na formação política de meninas e adolescentes negras, compreendendo os desafios, acolhendo as realidades e erguidas na luta contra todas as violações de direitos, seguimos na missão de fortalecimento político das existências negras, tendo o movimento de mulheres negras como farol na luta pelo projeto de Bem Viver”.

Amanda Silva, 12, da comunidade quilombola Agreste, na Chapada Diamantina, participa do projeto desde 2021 e fala com alegria sobre ser uma Ayomide Odara. “Depois de tantas coisas legais que aprendi junto com as Ayos, eu posso dizer que o Ayomide Odara é a nossa segunda casa. O Ayomide nos acolhe. É um laço que quando nos pega, nos segura e não quer soltar mais. Para as meninas que estão chegando agora eu digo para se prepararem para uma experiência maravilhosa.” 

Para realizar a inscrição é necessário preencher o formulário disponível aqui e anexar o documento de identificação da candidata e de um adulto responsável.

Assine o Boletim Odara:



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