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Projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar promove diálogos sobre o genocídio do povo negro com mulheres do Cabula e Nordeste de Amaralina, em Salvador (BA)

A atividade faz parte do conjunto de ações previstas no planejamento anual do projeto

Redação Odara

Integrantes do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar, das comunidades do  Nordeste de Amaralina e Cabula, participaram de rodas de conversa para discutir os impactos das políticas genocidas sobre a população negra brasileira. 

As rodas aconteceram nos dias 6 e 11 de junho, nos respectivos bairros. A primeira contou com a mediação da assistente social Cátia Evangelista e a segunda, com a professora Janice de Sena, que também é fundadora e coordenadora da Odeart. A atividade foi realizada em parceria com o Grupo Mulheres Em Luta e a Associação Artístico-Cultural Odeart.

“É muito interessante ter espaços de diálogo como este, porque precisamos conversar sobre as questões que afligem a nossa comunidade” afirmou Cátia Evangelista, que também é integrante do Coletivo Mulheres Kizumba.

Um dos temas mais debatidos entre as mulheres foi a letalidade policial que atinge principalmente a juventude negra das comunidades periféricas. “É importante ter essas conversas para a gente saber como cuidar dos nossos, independente de eu ter filho ou não”, comentou Andréa da Sena Santos Souza, mobilizadora do Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar e dirigente da Odeart.

Durante o diálogo nas duas comunidades, as mulheres trouxeram a dimensão do genocídio enquanto uma política que é pensada e executada com base no racismo institucional e estrutural ao longo da história do país:

“O extermínio da população negra não tem a ver só com partido A ou B, acontece com Bolsonaro e também com Rui Costa porque é um projeto de longa data”, destacou Elizângela Gomes, integrante do Minha Mãe Não Dorme no Cabula.

Também destacaram situações de violência às quais já foram submetidas em seus cotidianos e pontuaram o quanto o projeto tem ajudado a entender e enfrentar essa realidade. “Achei interessante, porque é um tema que abre as nossas mentes. Eu já sofri situação de violência e aqui no projeto aprendi muita coisa” afirmou Miriam Alves Reis, integrante do Minha Mãe Não Dorme no Nordeste de Amaralina.

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