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Campanha Justiça e Solidariedade aos Grupos Vulneráveis ao Covid-19 na Bahia encerra 2021 com doações a 474 famílias da Bahia

Desde abril de 2020, o projeto já atendeu cerca de 10 mil famílias de Salvador, Região Metropolitana e Recôncavo Baiano

Por Jamile Novaes / Redação Odara.

A Campanha Justiça e Solidariedade aos Grupos mais Vulneráveis ao Covid-19 na Bahia, organizada pelo Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA), o Odara – Instituto da Mulher Negra e a ONG Vida Brasil, surgiu em abril de 2020 e tem como principal público mães e familiares de vítimas do Estado, trabalhadoras domésticas, povos de terreiros, pescadoras e pescadores, costureiras, catadoras e catadores de materiais recicláveis e mulheres trans em situação de prostituição. Na última sexta-feira (17) a campanha teve o seu segundo ciclo encerrado, com a entrega de 474 cestas básicas, hortaliças frescas e KITs de prevenção ao coronavírus.

Naiara Leite, Coordenadora Executiva do Instituto Odara, analisa que diante da escassez de recursos e possibilidades de sobrevivência material que se intensificou durante a pandemia, aumentou também os impactos do racismo. “É a população que tem enfrentado os grandes índices de desemprego e, no que diz respeito à situação da fome, é a mais atingida também. Então, pra gente, essa ação é uma das ações mais importantes que temos desenvolvido no contexto da Covid-19. Pensar na segurança alimentar é também enfrentar o racismo e salvar as vidas negras”, comentou Naiara. 

Para Mário Smith, filho de santo do Terreiro Oya Matamba, em Lauro de Freitas, a Campanha Justiça e Solidariedade é importante para suprir não apenas uma carência física do alimento, mas também aspectos subjetivos da existência do público atendido: “Pensar nesse projeto é pensar como isso tem um impacto positivo na vida das pessoas também de forma psicológica, social e na coletividade de pessoas negras se ajudando. É uma forma de dizer que é possível, sim, você se ajudar e ajudar os outros para fortalecer a nossa comunidade”, afirmou.

Andrezza Bellushi, mulher transexual e coordenadora do projeto Transflorescer, contou que o projeto tem sido muito importante para ajudar a manter a dignidade alimentar de mulheres trans e travestis: “As travestis e transexuais não são vítimas, não são coitadas, mas necessitam de apoio nessa sociedade que exclui e marginaliza. A prostituição é uma das poucas formas de sobreviver e tem se tornado cada dia mais difícil por conta da pandemia”, explicou.

Ao longo dos últimos dois anos, a campanha já atingiu cerca de 10 mil famílias de Salvador, Região Metropolitana e Recôncavo da Bahia. A expectativa agora é garantir os recursos para que em 2022 a campanha não seja só mantida, mas ampliada, para atender ainda mais pessoas até que a situação da pandemia seja amenizada.

Colabore com essa rede de apoio, acolhimento e incentivo aos grupos mais afetados pela pandemia na Bahia. Doe qualquer valor para as contas abaixo!

PARA DOAÇÕES:

Banco Bradesco

Agência: 3602

Conta corrente: 0059343-5

Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA)

CNPJ: 01.704.986/0001-43

Banco do Brasil

Agência: 2957-2

Conta corrente: 981699-2

Odara – Instituto da Mulher Negra

CNPJ: 17.589.472/0001-24

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