Nota Odara: Pela manutenção da escolta – Em defesa da vida e da atuação política da Deputada Andréia de Jesus (MG)!

As últimas eleições elegeram mais mulheres negras do que nunca! De maneira tímida, vemos a ascensão a diversos cargos federais e estaduais. No entanto, a negligência no campo da violência política contra essas mulheres nunca deixou com que elas, democraticamente eleitas, pudessem exercer plenamente suas funções.

A deputada estadual pelo estado de Minas Gerais, Andréia de Jesus,  Advogada Popular, Abolicionista Penal e Antirracista, vem denunciando e pedindo abertura para investigação de uma ação policial que matou 26 pessoas, em Varginha, no Sul do Estado de Minas.

Desde então, Andréia vem sendo ameaçada de morte, e mesmo assim, teve a sua escolta policial retirada de maneira arbitrária, em um momento em que se intensifica no Brasil o debate sobre os ataques diretos às mulheres negras defensoras de direitos humanos.

É estarrecedor a maneira em que as agressões chegam a deputada, numa referência direta ao assassinato da vereadora Marielle Franco, que foi morta em 2018. As ameaças colocam a vida de Andréia em risco, expondo a fragilidade da política brasileira, que é sexista e racista,  além de expor a  negligência com que são tratadas as ameaças às mulheres negras eleitas deste país. Uma negligência que fere a democracia e que coloca em xeque a efetividade desse sistema político de eleger e apoiar a candidatura de mulheres negras.

Queremos mulheres negras eleitas e vivas, exercendo plenamente seu mandato e atuando para fortalecer a democracia.

Nós, do Odara – Instituto da Mulher Negra, viemos demonstrar nossa solidariedade e apoio a Andréia, cobrando do seu partido, o PSOL, do Ministério Público de Minas Gerais e das autoridades competentes que a escolta de Andréia seja mantida até o final do seu mandato, em janeiro de 2023.

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